domingo, 25 de março de 2012

Terapia AM

 “Quando a água é pura, o coração do povo é forte.
  Quando a água é suficiente, o coração do povo é tranquilo."
                                                          (Filósofo Chinês  -  Século  IV  A.C.) 


                Com a vontade de, por meio da música, promover os valores da paz e do sentimento amistoso – no período pós-guerra –, em 1948, o Concelho Internacional de Música, patrocinado pela UNESCO, decretou o dia 1 de outubro de 1975 como o Dia Mundial da Música. A música, de fato, é uma linguagem universal capaz de, pela ação da frequência sonora, agitar as moléculas do nosso organismo, que é constituído por cerca de 70% de água. E, assim, a nossa “água interna” dança tal como em maravilhosas Fontes de Águas Dançantes espalhadas pelo mundo.




                Além de hidratar, a água possibilita a ocorrência da maioria de todas as reações bioquímicas do corpo, como as do metabolismo e as da reatividade imunológica. Logo, não é difícil concluir que o bem-estar corporal depende em grande parte dos níveis de água.


 


                Outro fator importante é a capacidade vibratória que todos os corpos têm. E isso é, justamente, resultado da variação das frequências dos diversos componentes bioquímicos do organismo. De acordo com a biofísica, a molécula da água, por exemplo, possui uma frequência própria de vibração bem próxima de 2,45GHz e, assim, é capaz de absorver energia das micro-ondas. E aí reside o princípio de funcionamento dos aparelhos de micro-ondas que tanto facilitam o nosso dia-a-dia.

                E o que isso tem a ver com música?! E com a medicina?! Simplesmente, tudo! Experimenta colocar um bebê ao som de “Dorme neném...” ou “A barata diz que tem sete saias de filó...” e depois ao som de “We Will Rock You” ou “Another Brick In The Wall”. As moléculas de água e o Sistema Límbico respondem de maneira tal que a sonolência ou a hiperatividade podem ser estimuladas. Até mesmo a freqüência cardíaca pode mudar. O bom é que isso vale para todo ser humano com o “Biological Sound System” em perfeita condição natural.


 


                Pesquisas – baseadas nesse princípio da frequência sonora aliado à resposta do Sistema Límbico (emoções) do nosso corpo – têm construído e a permeado a Musicoterapia, que se trata de uma base terapêutica auxiliar por exposição do paciente a uma determinada seleção musical.

                Numa pesquisa liderada por Masanori Niimi – Teikyo University, em Tóquio –, um grupo de ratos transplantados de coração foi exposto, no período pós-operatório, a músicas aquilatadas como as de Mozart ou Verdi. Após uma semana de exposição, constatou-se que esse grupo, comparado a outro não exposto à música clássica, teve sua expectativa de vida prolongada devido à melhor resposta do coração transplantado.  A partir da análise do baço, detectou-se baixos níveis de interleucina-2 e interferon gama (sinalizadoras do sistema imunológico) e níveis elevados de interleucina 4 e interleucina-10 (moléculas anti-inflamatórias). Essa relação molecular é capaz de regular os leucócitos, células responsáveis pelo sistema de defesa contra objetos estranhos ao nosso organismo e capazes de até provocar fenômenos como a alergia e a rejeição de órgãos transplantados. De acordo com o Dr. Masanori Niimi, "nossas descobertas indicam que a exposição à música de ópera pode afetar aspectos da resposta imunológica periférica e melhorar o funcionamento do órgão". É importante salientar que essa pesquisa não exclui a ação positiva de outros estilos musicais.




                Ainda nesse sentido, várias outras pesquisas mundo afora sugerem que a Musicoterapia pode ser utilizada em associação com os métodos tradicionais de tratamento disponíveis para diversas doenças:

·         Seleção Musical em Procedimentos Cardíacos Invasivos: A música especialmente selecionada, como parte do som ambiente no serviço de hemodinâmica, teve um efeito positivo sobre o bem-estar dos pacientes e a sua opinião sobre o ambiente da sala de cirurgia, de modo a diminuir a tensão na fase pré-operatória, favorecendo um relaxamento capaz de proporcioná-los maior segurança/confiança com o resultado da operação.

·         Musicoterapia + Dispositivo de Analgesia Controlada: Diminuição da dor pós-operatória nas primeiras 24 horas e do consumo de analgésico (tramadol) durante as primeiras quatro horas.

·         Musicoterapia + Reabilitação Pós-Operatória: Um efeito benéfico da música foi observado com crianças durante o período pós-operatório de cirurgia cardíaca, por meio da avaliação de alguns sinais vitais (frequências cardíaca e respiratória) e da redução da dor (com o auxílio da Escala Facial de Dor).

·         Atendimento Multidisciplinar de Pacientes Hipertensos: A Musicoterapia tem contribuído para uma melhoria no controle de qualidade de vida e da Pressão Arterial dos pacientes.

·         Home-Based Musicoterapia (HBMT): HBMT é um serviço de cuidado domiciliar que visa, com o auxílio da música, o atendimendo médico humanizado e a melhoria da qualidade de vida de pacientes, cuidadores e familiares que não precisam estar nas unidades de saúde para receberem os devidos cuidados médicos. É uma possibilidade a ser aplicada, por exemplo, em situações envolvidas com algumas doenças degenerativas. 



Água + Música: elixir sem contraindicação.

               No que envolve a Terapia MM (música e medicina), estudos maiores e mais aprofundados ainda são necessários. Mas, decerto, o que eu chamo de Terapia AM (água e música) é imprescindível para uma boa qualidade de vida, seja a dos pacientes ou seja a dos profissionais de saúde. Beba água e ouça música!


 

Fontes:






Por Everton Farias - 2M - Coordenador de Comunicação, Eventos, Esportes e Cultura.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Coordenação de Comunicação, Eventos, Cultura e Esportes – ComECE

Informativo

                Aos 15 dias do mês de março do ano de 2012 – das 11h às 13h30min –, foi realizada a reunião do CAMUP pautada nos seguintes assuntos:

1.       Legalização do CAMUP;
2.       Datas das respectivas reuniões mensais;
3.       Penalidades quanto à falta – nas reuniões do CAMUP – não justificada dos membros eleitos;
4.       Ações e o caráter autônomo das coordenadorias;
5.       Coesão e cooperação entre as coordenadorias por meio da troca informacional;
6.       Biblioteca e os livros para o curso médico;
7.       Concursos para quadro permanente de professores;
8.       Caixa e finanças do CAMUP.
               
                A próxima reunião será realizada no dia 19 de abril de 2012 em local a ser determinado nas dependências da UPE-Garanhuns. Vale lembrar que as reuniões do CAMUP são abertas a todos os estudantes de medicina desse campus. Qualquer dúvida, procurar os coordenadores do CAMUP.

                Garanhuns-PE, 15 de março de 2012,

                ComECE.

sábado, 10 de março de 2012

Diga sim ao ATO MÉDICO!

http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/397246

Abaixo-assinado virtual pede aprovação do Ato Médico


Foto:
Abaixo-assinado virtual pede aprovação do Ato Médico


16/01/2012
Está disponível na internet uma Petição Pública direcionada aos senadores para aprovação do Ato médico. O Projeto de Lei (PLS nº 268/2002 e substitutivo ao PL nº 7703/2006) que dispõe sobre a regulamentação da Medicina será votado no início de fevereiro deste ano. A Medicina é a última das 14 profissões existentes na área da Saúde a ser regulamentada, o que é aguardado por todos os médicos brasileiros há longos 10 anos.

Confira!

Abaixo-assinado SIM ao Ato Médico

Finanças do CAMUP

Pessoal, está no email da turma a planilha de controle do caixa do CA.
O saldo está negativo em -17 reais.
Desde de Dezembro de 2011 não houve nenhuma movimentação financeira, portanto a situação atual da tesouraria é a mesma que a deste mês.

Segunda Feira, eu e Raimar vamos explicar qualquer dúvida que o pessoal tenha em relação à leitura da planilha ou direcionamento dos gastos.
Críticas e sugestões são bem vindas.

Coordenação de financias.

domingo, 4 de março de 2012

Flores

            A medicina e outras ciências há muito estudam o complexo Ser Feminino. Na vertente governamental, várias políticas públicas têm sido desenvolvidas para (re)afirmar a função e o local sociais da mulher. No entanto, nos setores sentimental e interpessoal na relação Homem-Mulher, muitos indivíduos do sexo masculino ainda criam “machismos” que, em última análise, constituem-se em medidas desesperadas de se autoafirmarem masculinos. O resultado disso é o alimento à Violência Contra as Mulheres.
            Nunca foi opção aceitar (ou não) a condição natural da mulher como ser social e que, como qualquer outro, tem seu espaço definido – nem por isso menos valioso – na sociedade. Na verdade, qualquer ser social, inerentemente, tem o direito de se autodeterminar ante os diversos componentes de uma instituição, seja a família, a comunidade, a religião ou a política. E, para fazer valer esse direito, de uma lado, as mulheres se promoveram desde as líderes espartanas, passando pelos movimentos feministas e culminando com o abarque às áreas científicas, culturais, econômicas e governamentais da atualidade; de outro, homens sensatos apoiaram o florescimento das mulheres durante os diversos momentos históricos. Mesmo assim, o percurso da “violência às flores” foi bastante marcante. E, como a maioria das datas comemorativas, muita discriminação e muita violência foram necessárias para que o resultado tomasse proporção tal que fosse indispensável o seu reconhecimento:
            - Em 1857, 129 mulheres foram trancadas e queimadas vivas por reivindicarem melhores condições de trabalho (redução da jornada de trabalho de 16 para 12 horas e reajuste salarial) na fábrica Cotton em Nova Iorque;
            - Em 1917, operárias russas deixaram as fábricas e saíram às ruas, atraindo a massa popular a tal ponto que o incidente deu início a Revolução Russa que derrubou o regime czarista em 23 de fevereiro no calendário russo, data que, no calendário ocidental-gregoriano, coincide com o 8 de março. Então, em 1921, a Conferência Internacional das Mulheres Comunistas propôs essa data como o Dia Internacional da Mulher;
            - Em 1922, determinou-se que o dia 8 de março seria, oficialmente, o Dia Internacional da Mulher;
            - Em 2009, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher foi dedicado ao dia 25 de novembro.

Quanto à violência contra a mulher, são definidos quatro tipos principais:
            - Física: Qualquer tipo de agressão que afete de alguma maneira o bom estado biofisiológico de qualquer parte do corpo feminino;
            - Sexual: Qualquer ato lascivo que possa culminar com ato sexual sem a vontade da mulher como, por exemplo, o estupro ou a sua tentativa;
            - Psicológica: Qualquer coação que desestabilize a integridade da autodeterminação da mulher – seja por ameaças, seja por chantagens;
            - Patrimonial: Qualquer dano causado (geralmente em situações de separação) à bem material – arquivos pessoais, roupas, acessórios, carro, casa e outros – de propriedade da mulher.

De acordo com o Banco Mundial e com a Organização Mundial da Saúde:
            - Cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência no decorrer de sua vida;
            - As mulheres de 15 a 44 anos correm mais risco de sofrer estupro e violência doméstica do que de câncer, acidentes de carro, guerra e malária;
            - Estima-se que 2 milhões de meninas por ano estão sob a ameaça de sofrer mutilação genital;
            - A porcentagem de mulheres submetidas à violência sexual por um parceiro íntimo varia de 6% no Japão a 59% na Etiópia;
            - Metade de todas as mulheres vítimas de homicídio é morta pelo marido ou parceiro, atual ou anterior;
            - As mulheres jovens são particularmente vulneráveis ao sexo forçado e cada vez mais são infectadas com o HIV/AIDS. Mais da metade das novas infecções por HIV em todo o mundo ocorrem entre os jovens de 15 a 24 anos, e mais de 60% dos jovens infectados com o vírus nessa faixa etária são mulheres;
            - Entre 500 mil e 2 milhões de pessoas são traficadas anualmente em situações incluindo prostituição, mão de obra forçada, escravidão ou servidão, segundo estimativas. Mulheres e meninas respondem por cerca de 80% das vítimas detectadas;
            - Os custos da violência contra as mulheres são extremamente altos. Compreendem os custos diretos de serviços para o tratamento e apoio às mulheres vítimas de abuso e seus filhos, e para levar os culpados à justiça. Os custos indiretos incluem a perda de emprego e de produtividade, além dos custos em termos de dor e sofrimento humano.

Soluções para diminuir os casos de violência contra a mulher:
            - Investir em políticas de igualdade de gênero e na Atenção Primária à Saúde/Saúde Preventiva;
            - Promover a Educação em Saúde nas escolas e universidades sobre a saúde da mulher e (por que não?) do homem;
            - Campanhas de desenvolvimento da educação paterna e materna;
            - Reavaliar a real qualidade e contribuição cultural de certos conteúdos culturais que denigrem a imagem da mulher ou promovem a disputa não saudável entre os gêneros;
            - Reavaliar os padrões de beleza disseminados pela propaganda midiática que visam mais questões capitalistas do que propriamente o bem estar físico;
            - Aplicar as leis e, se necessário, reformulá-las de modo mais austero e competente, respectivamente;
            - Conscientização das mulheres sobre o direito do respeito e do bom trato que todo ser humano detém;
            - Conscientização dos homens sobre o dever de respeitar as vontades das mulheres na vida sócio-econômica e os interesses delas sobre trabalho, mercado, cultura, lazer, sexo e privacidade.

Diante disso:
            É importante salientar que a mulher é um ser tão nobre por ser capaz de realizar multitarefas e ainda assim dedicar um tempo precioso ao seu companheiro e a sua família; é capaz – diferentemente dos “machistas” – de observar os mínimos detalhes cotidianos do sexo oposto e neles identificar o princípio da vida como algo divinamente humano e não separatista. Se em Gênesis 1.26,27, as Flores são especiais "...pois a dignidade da mulher não depende de cultura, religião ou raça, e sim no fato dela ter sido criada a imagem e semelhança de Deus..."; em “Meu Amor” de Chico Buarque de Holanda, “Meu corpo é testemunha do bem que ele (o homem) me faz”.
            Mulheres, sabemos que alguns de nós homens não temos sido muito bem comportados, mas, agradecemos por seus esforços, empenhos, trabalhos, respeito, companheirismo e carinho que têm mudado para melhor o nosso modo masculino de ser desde a época de Adão aos dias de hoje. Parabéns.

Fontes:
            http://www.endvawnow.org/en/modules/view/14-programming-essentials-monitoring-evaluation.html#13


Por Everton Farias - 2M - Coordenador de Comunicação, Eventos, Esportes e Cultura.