domingo, 22 de abril de 2012

Coordenação de Comunicação, Eventos, Cultura e Esportes – ComECE



Nota de Esclarecimento

                O estudante é a força propulsora do país, justamente, por estar sempre em busca do conhecimento e da melhor forma que esse conhecimento pode ser aplicado. Assim, são formados os diversos profissionais necessários ao desenvolvimento econômico do país.

                Aos estudantes do primeiro curso de medicina da Universidade de Pernambuco do Campus Garanhuns é dada a responsabilidade de transformar, eficiente e qualitativamente, a realidade da saúde no interior de Pernambuco, estado que, por ser uma das referências brasileiras na medicina bem como na economia, abraçou a política de interiorização da saúde em conjunto com o governo federal representado pela Presidente Dilma Rousseff (que até esteve presente em nossa aula inaugural).

                Contudo, para que a formação desses estudantes se dê de forma responsável e equilibrada – sem que haja contratempos, tais como o atraso de quase um mês da aula inaugural desse curso, o número insuficiente de professores e a falta do prédio com salas, biblioteca e laboratórios próprios para o curso de medicina –, é preciso:

1)      Concurso público para quadro permanente de professores de acordo com todas as disciplinas necessárias a formação do estudante de medicina;

2)      Construção do prédio com salas, biblioteca e laboratórios com características necessárias ao curso de medicina, e prover o laboratório de anatomia de peças anatômicas naturais;

3)      Vincular a administração do Hospital Regional Dom Moura à da Universidade de Pernambuco e adequar esse hospital aos parâmetros reais de um Hospital Universitário, nos moldes vigentes pelos Ministérios da Saúde e da Educação.

                Nós, estudantes de medicina da UPE-Campus Garanhuns, alimentamos com seriedade o compromisso com a Educação e a Saúde por respeitarmos a população brasileira, principalmente, aquela que tem sofrido bastante com a ainda atual precariedade da saúde pública. É o nosso desejo atender ao pedido do Governador Eduardo Campos em nossa aula inaugural: “Guardem o compromisso de atender o povo pobre com quem vocês vão aprender nos hospitais públicos”.

                É assim que construiremos um Brasil melhor por fazer a nossa parte no interior de Pernambuco e por – como o Governador Eduardo Campos destacou – “marcar época pelo desejo de saber e de ser solidário aos que mais precisam”. Para que isso seja possível, é preciso favorecer a boa formação do futuro médico. Afinal, esse sempre foi um dos investimentos da população brasileira a partir do pagamento dos impostos e de outras responsabilidades. É essa mesma população que já não aguenta esperar pela resolução dos problemas da saúde pública, e é ao lado dela que nós – estudantes de medicina da UPE-Campus Garanhuns – estamos.

                Em respeito aos nossos atuais competentes professores (que não mais nos acompanharão a partir do terceiro período devido a restrições do Processo de Seleção Simplificada), à sociedade pernambucana, aos nossos familiares e a nossa dedicação como estudantes, resolvemos por expor toda essa conjuntura.

                Garanhuns-PE, 22 de abril de 2012.

                ComECE.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Coordenação de Comunicação, Eventos, Cultura e Esportes – ComECE

Informativo

                O Centro Acadêmico Ulysses Pernambucano – CAMUP –, representação dos estudantes de medicina do campus Garanhuns da Universidade de Pernambuco, declara sua posição contrária ao PROVALIDA que propõe, como parte de uma política de interiorização da saúde, a validação de diplomas de graduação em medicina expedidos por instituições de ensino estrangeiras. Essa decisão se mantém devido aos seguintes argumentos:

1.       Não há garantia de que o PROVALIDA resulte na estagnação do crescente colapso da distribuição médica e de suas especialidades no sistema de saúde no estado de Pernambuco;

2.       O PROVALIDA vai de encontro à intenção de se interiorizar a Saúde com qualidade à medida que considera o Termo de Compromisso do “profissional PROVALIDA” como forma de mantê-lo no interior e por apenas 2 anos;

3.       O PROVALIDA desvaloriza o Médico da Família na medida em que aprova médicos de formação duvidosa em instituições de ensino estrangeiras a se responsabilizarem pela saúde da população de Pernambuco, desestimulando o surgimento, nessa área, de novos profissionais formados nas escolas desse estado;

4.       O currículo das instituições de ensino estrangeiras não dispõe do estudo abrangente da real epidemiologia brasileira e dos fatores culturais inerentes à Saúde de cada região;

5.        A expansão da Saúde não deve ser baseada apenas em dados numéricos inflexíveis que não ponderam as causas da má distribuição de médicos com suas respectivas especialidades no território do estado pernambucano;

6.       Assim como em outras regiões do Brasil, a concentração de médicos é maior nos pólos econômicos e educacionais, o que termina por atrair os profissionais e facilitar a fixação deles nesses pólos. Exemplo é a região metropolitana do Recife que apresenta, atualmente, cerca de 65% dos profissionais ativos da classe médica pernambucana e três das cinco escolas médicas no estado;

7.       A tomada de medidas desse porte – que afetem diretamente o direcionamento dos rumos da qualidade médica – devem passar por deliberação das diversas entidades médicas, organizações que de fato detêm o conhecimento sobre as reais necessidades da Saúde no país.

                O CAMUP acredita que a responsável política de interiorização da saúde, que visa a qualidade e o bom desempenho do profissional médico, passa por desde a estruturação e a manutenção dos cursos de medicina às políticas objetivas de atração e fixação dos médicos para no interior do estado. É a valorização dos profissionais de medicina – por meio de (1) fornecimento de boas bases educacionais nas escolas médicas, (2) construção de bons ambientes de trabalho com as unidades de saúde bem estruturadas e autossuficientes e de (3) um plano de cargos e carreiras por meio de concursos públicos – o que resultará, efetivamente, no desenvolvimento de um sistema de saúde humanizado, sem o sucateamento das unidades de saúde, sem o afogamento das unidades dos grandes centros e sem a falta de médicos no interior de Pernambuco.

                Garanhuns-PE, 05 de abril de 2012,

                ComECE.